O reconhecimento vem após o Brasil ultrapassar a marca de 100 mil mortos pela doença e diverge do próprio discurso desde que assumiu a pasta, quando endossou as orientações para reabertura das atividades defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Medidas preventivas e afastamento social são medidas de gestão dos municípios e estados, e nós apoiamos todas elas, porque quem sabe o que é necessário naquele momento precisa de apoio, e nós apoiamos", declarou Pazuello durante o evento de inauguração da unidade de processamento de testes do novo coronavírus na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Em maio, o general já havia sido alertado pelo comitê técnico da pasta que caso o país não passasse por um isolamento social efetivo, poderia vivenciar por dois anos os efeitos da pandemia.
Pazuello comparou a crescente de casos e mortes no país a uma hemorragia e disse que é preciso "entender como parar o sangramento". Ele acrescentou que a testagem em massa para o diagnóstico e o tratamento precoce, são fundamentais para combater a doença.
Segundo o ministro interino, que é o terceiro a comandar o Ministério desde o início da pandemia, é o momento de deixar de lado as "diferenças partidárias ou ideológicas" para conter as mortes no Brasil, e admitiu que o Governo revê os "protocolos" e muda aquilo que até então não "vinha dando certo".
"Já perdemos 100 mil brasileiros com nome, identidade e família. E podem acreditar, nós estamos todos os dias revendo nossos protocolos, procurando o que tem de melhor e alterando aquilo que não vinha dando certo”, ponderou.
Por: Redação BNews