Como cangaceiro participou de seu primeiro embate com a polícia em Mirandela, na Bahia, quando invadiu Capela (SE) e participou da chacina de sete soldados da Força Pública, em Queimadas (BA), crime que ganhou grande repercussão nacional.
Foto: Reprodução / YouTube
Natural de Saco Torto (SE), Antônio dos Santos ficou conhecido por todo cangaço como “Volta Seca”. Ele entrou no bando de Lampião com apenas 11 anos, motivado por brigas com sua madrasta. No grupo, era responsável pelos cavalos, limpeza das roupas, louças e também pela tocaia na espionagem das cidades para localizar as rondas da polícia.
Como cangaceiro participou de seu primeiro embate com a polícia em Mirandela, na Bahia, quando invadiu Capela (SE) e participou da chacina de sete soldados da Força Pública, em Queimadas (BA), crime que ganhou grande repercussão nacional.
Após uma briga com Lampião, fugiu para região de Santo Antônio da Glória (BA), sendo capturado pelos Irmãos Roxo, a mando do Tenente José Joaquim.
Preso em Salvador e depois enviado para Senhor do Bonfim, foi julgado sem direito à defesa, embora tenha aparecido uma defensora pública para isso, mas que foi impedida pelo juiz local. Sentenciado a 145 anos de regime fechado por seus crimes, permaneceu preso em Bonfim até 1936 quando foi transferido para Salvador.
Recebeu um indulto presidencial de Getúlio Vargas e foi solto. Pouco depois, colaborou na produção do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto. Em 1957 lançou o LP “As cantigas de Lampião”, com músicas famosas do mundo cangaceiro, muitas delas criadas por ele, como Mulher Rendeira e Acorda Maria Bonita.
Volta Seca trabalhou na Rede Ferroviária Federal como guarda-trilhos, casou-se com Isaura dos Santos e foi morar em Estrela Dalva (MG), onde faleceu em 1997 em decorrência a um enfisema pulmonar.
Como cangaceiro participou de seu primeiro embate com a polícia em Mirandela, na Bahia, quando invadiu Capela (SE) e participou da chacina de sete soldados da Força Pública, em Queimadas (BA), crime que ganhou grande repercussão nacional.