A Globo iniciou os estudos para concretizar a venda da gravadora Som Livre, a terceira maior em receita, atrás apenas de Sony e Universal, e à frente da Warner Music, de acordo com o jornal Valor Econômico. A decisão faz parte do processo de transformação da companhia, baseado no modelo D2C, no qual uma empresa controla as fases dos processos de produção e distribuição.
Por meio de nota, a Globo afirmou que tem feito uma análise detalhada do valor estratégico de ativos, com foco nos negócios que mais atendem à estratégia principal. "A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, diz Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo.
A Som Livre, fundada em 1969, tinha o objetivo principal de pôr à disposição do público as trilhas sonoras das novelas e minisséries da Rede Globo. Com a entrada em cena da música digital via internet, no início dos anos 2000, primeiro por meio de downloads e mais à frente com o streaming, a empresa percebeu que essa linha de negócios não era sustentável, lembra Marcelo Soares, diretor-geral da Som Livre.
“O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresceu por mais de dez anos seguidos numa velocidade maior que a do mercado", acrescenta o diretor-geral da Som Livre. A gravadora revelou talentos como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos e conta hoje com um elenco ativo de cerca de 80 artistas.
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