O presidente do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, concedeu nesta terça-feira
(22) prisão domiciliar ao prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo
Crivella. Pela decisão, Crivella será monitorado por tornozeleira
eletrônica e está proibido de manter contato com terceiros e de falar ao
telefone. Ele também deverá entregar aparelhos telefônicos,
computadores e tablets às autoridades.
Na
manhã de hoje, Crivella foi preso por determinação da desembargadora
Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro. A prisão do prefeito e de outros investigados
foi realizada em ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPRJ) e da Polícia Civil, como desdobramento da Operação Hades, que
apura corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a delação do
doleiro Sergio Mizrahy.
Na
decisão, o presidente do STJ entendeu que Crivella pode cumprir medidas
cautelares diversas da prisão. “Não obstante o juízo tenha apontado
elementos que, em tese, justifiquem a prisão preventiva, entendo que não
ficou caracterizada a impossibilidade de adoção de medida cautelar
substitutiva menos gravosa”, afirmou o presidente da corte.
No
habeas corpus, a defesa de Crivella afirmou que a prisão é ilegal e uma
demonstração de criminalização da política. “A prisão foi decretada com
base em presunções genéricas e abstratas, desamparadas de qualquer base
legal, sendo certo que o prefeito terá sua inocência demonstrada no
curso do processo.”, declararam os advogados.
Ao
chegar à Cidade da Polícia após ser preso, o prefeito atribuiu a sua
prisão a uma perseguição política. “Perseguição política. Lutei contra o
pedágio ilegal e injusto, tirei recursos do carnaval, negociei com o
VLT. Foi o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”,
afirmou.Fonte: Agência Brasil