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Taxa média de ocupação dos leitos públicos de UTI no Norte e Centro-Norte da Bahia está acima de 70%; Sesab admite indícios de “segunda onda” e anuncia reabertura de leitos

 

Dados atualizados na manhã desta terça-feira (1º) pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do Estado da Bahia, que monitora a situação da pandemia da covid-19 nos municípios baianos, apontam que os leitos adultos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) das cidades das regiões Norte e Centro-Norte do Estado estão com taxa de ocupação média acima de 70%.

Na última atualização, por volta das 10h10, consta que, entre os municípios da região Norte, a taxa de ocupação é de 64%. Segundo a Central, que é ligada a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), no Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), dos 18 leitos disponibilizados, 8 estão ocupados, o que representa taxa de ocupação de cerca de 44%, com 6 dos pacientes em Ventilação Mecânica (VM).

Já no Hospital São Pedro, em Remanso, a situação é ainda mais preocupante, visto que todos os 20 leitos de UTI estão ocupados, sendo que 12 pacientes estão em VM. No Hospital Paulo Afonso, em Paulo Afonso, 10 dos 20 leitos estão ocupados. Já no Hospital Dom Antônio Monteiro, em Senhor do Bonfim, a taxa de ocupação é de 60%, com 12 dos 20 leitos ocupados, sendo que 8 pacientes estão em VM.

Nessas unidades, a taxa de ocupação dos leitos clínicos, é, respectivamente, de: 52% – 26 leitos ocupados de 50; 23% – 14 leitos ocupados de 60; 0% – nenhum dos 20 leitos ocupados; 0% – nenhum dos 8 leitos ocupados.

Já no que diz respeito as UTI’s nos municípios da região Centro-Norte, no Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, em Irecê, 14 pacientes ocupam os 20 leitos disponíveis, sendo que 6 pacientes estão em VM. Ou seja, lá a taxa de ocupação é de 70%. Já em Jacobina, no Hospital Regional Vicentina Goulart, a taxa de ocupação é maior, de 90%, já que 18 dos 20 leitos de UTI estão ocupados.

Nessas unidades de saúde, a taxa de ocupação dos leito clínicos é de 0% (nenhum dos 10 ocupados) e 14% (14 dos 100 disponíveis estão com pacientes), respectivamente.

Aumento de casos e abertura de leitos

As aglomerações causadas pelas atividades de campanhas políticas e festas em geral fizeram com que as taxas de contaminação pela covid-19 registrassem aumento na Bahia nas duas últimas semanas. De acordo com o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, o estado tem vive hoje a mesma situação do início da pandemia e pode ter aumento do índice de mortalidade pelo coronavírus em breve.

Vilas-Boas também chamou atenção para o fato de que a situação agora pode ser mais grave que no começo, já que com a flexibilização das atividades, o sistema de saúde está duplamente pressionado pela demanda de casos de coronavírus e de outras situações, sobretudo de acidentes de trânsito.

 

Diante disso, a Sesab informou que está reabrindo leitos para o atendimento a pacientes com o coronavírus, onde for necessário. De acordo com Fábio Vilas-Boas, está sendo montada uma estratégia para filtrar os casos que demandam terapia intensiva, afim de evitar que haja disputa de leitos entre pacientes com covid-19 e com outras situações.

“Já estamos numa fase de aceleração do número de novos casos, novas notificações, mais pacientes internados em UTI’s, mais testagens sendo realizadas pelo Laboratório Central do Estado [Lacen]. Todas são variáveis que corroboram a impresão de que, de fato, estamos estrando numa segunda onda. Para absorver essa segunda onda, estamos reativando leitos de UTI onde está sendo necessário, estamos programando estratégias de filtrar melhor os casos que estão demandando teria intensiva”, alertou.

As cidades onde serão reabertos os leitos, entretanto, não foram reveladas.

Medidas rigorosas

Fábio Vilas-Boas disse hoje (1º) que não deseja adotar medidas repressivas neste momento, mesmo com o aumento do número de casos de covid-19 nas últimas semanas. No entanto, ele ressalta que o rigor será aumentado, se for necessário.

O secretário acrescentou que o Estado trabalhará agora em um projeto para os próximos três meses, com o objetivo de garantir um verão seguro na Bahia. Para ele, é preciso encontrar formas de adaptar as medidas de segurança ao momento que estamos vivendo.

Da Redação por Thiago Santos

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