A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encaminhou, na tarde desta sexta-feira (8), pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de uso emergencial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
As doses solicitadas serão importadas do Instituto Serum, da Índia. A Anvisa tem 10 dias para analisar o pedido e dar o aval sobre a vacina no Brasil. Se a aprovação for dada, a Fiocruz planeja começar a vacinação ainda este mês, seguindo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, previsto para começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro.
A Anvisa pediu à Fiocruz comprovações de que a fórmula produzida na Índia é comparável à fabricada no Reino Unido. Também foram pedidos dados de qualidade, condições de boas práticas de fabricação e controle. As negociações começaram na última segunda-feira (4), quando a Fiocruz apresentou dados e foram listadas as informações que ainda são aguardadas pela fundação.
Ainda de acordo com o Metrópoles, a Fiocruz já garantiu com a Anvisa a permissão para importar 2 milhões de doses fabricadas pelo Instituto Serum. A empresa indiana foi contratada para produzir 1 bilhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para países em desenvolvimento.
O uso emergencial e temporário de uma vacina contra Covid-19 é de caráter excepcional e só pode ser feito por instituições que tiverem estudos clínicos de fase 3 em desenvolvimento no Brasil.
Segundo a Anvisa, a modalidade prioriza o atendimento público, mas a empresa responsável pelo desenvolvimento da vacina também pode solicitar o pedido para a distribuição em clínicas privadas.
Em nota divulgada no último domingo (8), a Fiocruz afirmou que o pedido de registro definitivo está mantido para 15 de janeiro. Com isso, a vacina pode ser colocada no mercado nacional, nas redes pública e privada.
Bahia Notícias