A Justiça Federal de São Paulo deu 72 horas para que o Palácio do Planalto explique as supostas fraudes na eleição de 2018 alegadas por Jair Bolsonaro.
A decisão foi assinada nesta quinta-feira (21) pela juíza Ana Lucia Petri Betto, em uma ação movida pelo Livres, movimento de renovação política de dissidentes do PSL.
“Como há muito tempo Jair Bolsonaro faz tais declarações e não apresenta prova alguma, apenas por meio do Poder Judiciário é que se pode responder duas perguntas advindas da referida afirmação: Houve fraude eleitoral em 2018? Onde estão as provas?”, afirmou o movimento à Justiça.
“Creio que o presidente terá a oportunidade perfeita de mostrar à nação aquilo que ele diz ter”, disse Irapuã Santana, autor da ação.
Em sua extensa coleção de alegações sem prova alguma, Jair Bolsonaro disse o seguinte em março de 2020:
“Eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar”, disse o presidente em 9 de março.
Poucos dias depois, a Secretaria de Assuntos Jurídicos do Palácio do Planalto negou possuir qualquer documento sobre as supostas fraudes.
Em 7 de janeiro deste ano, no dia seguinte à invasão do Congresso americano por extremistas estimulados por Donald Trump, Bolsonaro voltou a colocar em xeque o sistema eleitoral:
“Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, vamos ter problema pior que os Estados Unidos”.