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Sindicatos têm primeira rodada de negociação com a prefeitura de Bonfim visando a recomposição salarial de servidores

 
A Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Senhor do Bonfim (SISMUSB), juntamente com a AMACS, AACE, ABENF, reuniu-se com representantes da gestão municipal para iniciar a negociação da recomposição salarial. Na oportunidade, o Prefeito Laércio Junior e sua equipe pontuaram que há uma série de supostos impedimentos ao reajuste salarial, dentre eles a Lei complementar n°173/20, a recomendação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a necessidade de consulta junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM/BA).
Em contrapartida, o Sismusb rebateu todas as alegações, informando que a Lei Complementar citada pela Procuradoria do Município, em seu art. 8°, inciso VIII, permite a recomposição salarial desde que não ultrapasse o percentual da inflação. Além disso, o Sismusb ressaltou que a recomendação da CNM não tem força de lei e que, inclusive, a Confederação dos Servidores Municipais aponta o contrário: que é possível conceder reajuste salarial. Por fim, a entidade sindical apresentou parecer do TCM/BA favorável a recomposição salarial limitada ao percentual da inflação.
Nessa primeira rodada de negociação, Prefeitura e Sindicato ainda não chegaram a um consenso. Nova reunião já está agendada. Para o Coordenador Geral do SISMUSB, Raimundo Nonato, “os servidores públicos de Senhor do Bonfim merecem e a lei assegura a recomposição salarial. Por isso, nossa expectativa é que o gestor municipal entenda e coloque em prática o discurso de valorização do servidor. A valorização começa com respeito aos direitos dos trabalhadores”.

O assessor jurídico do Sismusb, Lúcio Sá, confirma que “não existe impedimento legal para que a Prefeitura conceda a recomposição salarial de acordo com a inflação. Recomposição não se trata de aumento real, representa apenas uma correção em virtude do aumento da inflação. Por isso, esperamos que as negociações avancem e o Prefeito reconheça que a inflação corroeu os salários e que, sem recomposição, esses trabalhadores sofrerão perdas irreparáveis no orçamento familiar”.

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