O caso, que ocorreu durante a madrugada na comunidade de Rio das Pedras, deixou pelo menos um homem e uma criança mortos, além de quatro feridos. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, a construção que desabou era irregular.
"Comigo, milícia não vai construir mais porcaria nenhuma nessa cidade. Estamos demolindo permanentemente, e a gente tem o desafio de cuidar do passivo", disse o prefeito.
Não há, até o momento, detalhes sobre os responsáveis pela construção que desabou. A região da tragédia é apontada como ponto de influência de milícias. Paes disse que a atuação de grupos de criminosos não irá impedir ações de fiscalização da prefeitura.
Ele relatou que a prefeitura vem fazendo operações para impedir irregularidades na área habitacional.
"A gente está deixando uma mensagem muito clara nos últimos meses de que acabou essa história de tanta construção irregular. A gente não tem permitido. Diariamente, a imprensa tem mostrado isso. Agora, é uma realidade da cidade. Não vamos retirar todas as casas de todas as favelas ou comunidades do Rio. O que tem de se fazer é olhar para essas áreas com mais riscos para produzir melhorias habitacionais", comentou.
Paes ainda disse que a prefeitura prestará auxílio a vítimas do desabamento de Rio das Pedras, que foi registrado entre 3h e 3h30. Testemunhas relataram ter ouvido "estalos" e barulho de explosão.
"A Secretaria Municipal de Habitação informa que a construção que desabou no Rio das Pedras, na madrugada desta quinta, era irregular. A equipe da SMH está no local para prestar o atendimento necessário às famílias", informa nota divulgada pela Prefeitura do Rio durante a manhã.
Ruas da região foram interditadas para os trabalhos de resgate. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do desabamento. Os bombeiros seguiam no local no começo da tarde.
O caso aconteceu na mesma região da tragédia de Muzema, que deixou 24 mortos e sete feridos após dois edifícios ruírem no condomínio Figueiras de Itanhangá, em abril de 2019. A região é dominada por milícias. Os milicianos atuam com grilagem de terras em Rio das Pedras e na comunidade de Muzema.
Por: Folhapress