Nesta terça-feira (1º),O Ministério Público do Egito decidiu prorrogar por mais quatro dias a prisão do médico brasileiro Victor Sorrentino, preso no último domingo (30) na cidade de Luxor, no sul do Egito, sob a acusação de ter assediado sexualmente uma vendedora muçulmana, enquanto gravava vídeos para o Instagram.
Vitor, que é médico em Porto Alegre, foi preso a caminho do aeroporto do Cairo em uma tentativa de deixar o país. Ele foi denunciado por ativistas pelos direitos das mulheres no Brasil, que traduziram o vídeo postado por ele, e encaminharam para representantes do movimento de mulheres do Egito.
O crime aconteceu no dia 24 de maio, em uma loja onde são vendidos papiros, usados no Egito Antigo para a escrita. O médico fez comentários considerados misóginos, de duplo sentido, com uma vendedora, enquanto comprava uma folha de madeira.
Aproveitando que a vendedora não entendia o seu idioma, e apenas sorria, o Dr. Vitor debochava: “Vocês gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”, disse o médico. A mulher respondeu que “si”, sem entender do que se tratava.
No dia seguinte, gravando outro vídeo, Victor voltou a loja para se desculpar com a vendedora, afirmando que o assédio cometido por ele se tratava de “uma brincadeira brasileira” e ainda declarou ser “um cara muito brincalhão”.
Já era tarde. Não colou e deu detenção. O Ministério Público entendeu que o médico brasileiro ofendeu a mulher com insinuações sexuais, “violando os princípios e valores da sociedade egípcia e a santidade da vida privada da vítima”.
Da Redação