Para Zema, consórcio de estados do Sul e do Sudeste deve atuar contra ações favoráveis ao Norte e Nordeste
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deu declarações bombásticas durante uma entrevista nesta semana. De acordo com o gestor estadual mineiro, os estados do Sul e do Sudeste devem se unir para barrar ações de fomento à economia e combate à pobreza no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
“Está sendo criado um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade...Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década”, disparou Zema, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Na entrevista, Zema também revelou a criação oficial do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), que reunirá os três estados sulistas e os quatro sudestinos, à semelhança do Consórcio Nordeste. Segundo ele, a prioridade é influenciar na Reforma Tributária e mexer na representatividade do Senado Federal, hoje dividido em três senadores por estado.
“A Reforma Tributária e a representatividade no Senado [são as prioridades]. Sempre vamos estar em desvantagem – 27, num total de 81. Temos feito o mesmo trabalho com o senadores de nossos estados e o que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos – que é necessário, mas tem um limite – de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada”, reclamou Zema.
O argumento do gestor estadual mineiro é que os estados do Sul Sudeste, por serem mais ricos e concentrarem 56% da população de todo o país, precisam ter mais peso decisório no país do que o restante das unidades federativas.
Bnews