Agentes de saúde e Endemias fazem greve em Parauapebas por EPIs e Piso Salarial
Eles exigem direitos que, segundo eles, estão sendo negados pela gestão. Entre as reivindicações, os manifestantes pedem melhores condições de trabalho. De acordo com os sindicatos dos trabalhadores em saúde de Parauapebas, os agentes não recebem os equipamentos de proteção individual necessários para o desempenho de suas atividades.
"A Assembleia deliberou junto com os sindicatos justamente sobre as condições de trabalho, destacando a falta de equipamentos adequados, calçados, uniformes e protetor solar. Isso já é uma demanda antiga do sindicato dos trabalhadores", relata Marden Lima, Coordenador do SindSaude Parauapebas.
Infelizmente, teve que ocorrer um movimento de greve para que eles sejam ouvidos. A comunidade de saúde está nessa luta há 11 anos. Segundo eles, às vezes precisam tirar recursos do próprio bolso para comprar material de trabalho.
"É como pagar para trabalhar, não é? Na verdade, não têm nem lápis, nem caneta. Há um colega de trabalho que já teve câncer de pele devido à exposição solar no serviço. Isso é resultado da falta de proteção, como chapéus, uniformes adequados e protetor solar. Não temos, não fornecem", relata a Agente Comunitária de Saúde Anne Carolina.
A defasagem salarial é outra queixa dos agentes, que cobram o pagamento do piso da categoria.
Outros protestos já foram realizados para exigir a atualização do salário básico dos agentes de saúde, que, segundo o sindicato, está defasado desde janeiro deste ano. Esta é a segunda manifestação do grupo em menos de três meses, que decidiu interromper suas atividades até que um acordo seja firmado com a gestão municipal.
"São esses trabalhadores que realizam visitas, marcam exames da população, produzem indicadores para o município e contribuem para a receita local. A importância desses trabalhadores é fundamental para o pleno funcionamento da saúde no município de Parauapebas", ressalta Marden Lima, Coordenador do SindSaude Parauapebas.