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Michelle e Eduardo incentivavam Bolsonaro a dar golpe, diz Mauro Cid em delação

 

Foto: Isac Nóbrega/PR | Pedro França/Agência Senado

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou à Polícia Federal (PF) em sua delação premiada, que a ex-primeira dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava Bolsonaro a dar um golpe de Estado.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (10), pelo portal Uol. Segundo Cid, esse grupo costumava dizer que o então presidente tinha o apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs, para uma tentativa de golpe.

O ex-ajudante de ordens revelou ainda que Jair Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes que ficaram acampados em unidades militares pelo país porque acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, o que serviria para anular o resultado da eleição.

Bolsonaro teria escalado auxiliares para se dedicarem a descobrir vulnerabilidades no processo eleitoral, além de pressionar os militares a fazer um relatório apontando essas suspeitas de fraudes. O relatório foi divulgado no início de novembro de 2022 pelo Ministério da Defesa, mas não apontava nenhum indício concreto de irregularidades nas urnas.

Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de Cid como "absurdas" e disse que não são amparadas em elementos de prova. Ao portal Uol, o advogado Paulo Cunha Bueno disse ainda que Bolsonaro ou seus familiares "jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país".

Fonte: Metro 1
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