A África do Sul decidiu suspender o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Um teste indicou que o imunizante protege de forma limitada a nova variante sul-africana do coronavírus.
De acordo com o Estadão, o governo do país iria começar em breve a vacinar os profissionais de saúde, após ter recebido 1 milhão de doses na semana passada. Contudo, um estudo da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul, e da Universidade de Oxford mostrou que o imunizante diminuiu significativamente sua eficácia contra a principal variante no país. O caso foi divulgado em uma reportagem do Financial Times.
O ministro da Saúde, Zweli Mkhize, disse neste domingo (7) que ainda discutirá com cientistas da pasta o que fará com as vacinas de Oxford recebidas. Por enquanto, o governo pretende oferecer como alternativas imunizantes da Johnson & Johnson e da Pfizer nas próximas semanas.
"A Universidade de Oxford e a AstraZeneca começaram a adaptar a vacina contra esta variante e irão avançar rapidamente no desenvolvimento clínico para que esteja pronta para entrega no outono (do Hemisfério Norte), caso seja necessário", afirmou o porta-voz da AstraZeneca.
Atualmente, entre as variantes do coronavírus que mais preocupam os cientistas e especialistas em saúde pública estão as cepas britânica, sul-africana e brasileira. Elas têm mostrado um poder de disseminação ainda maior do que as outras.