Ainda repercute internamente no Democratas a divergência entre os principais atores da legenda em torno da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
Além do rompimento frontal entre Elmar Nascimento (BA) e Rodrigo Maia (RJ), que ignorou o correligionário em detrimento da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), ficou também nebulosa a relação entre o parlamentar baiano e ACM Neto – presidente nacional da sigla.
Segundo fontes do BNews em Brasília, a escolha de Maia por Rossi pode ter sido inicialmente avalizada por Neto, com o objetivo de conter uma eventual projeção nacional de Elmar que pudesse comprometer seus planos de ser candidato único da oposição ao governo da Bahia em 2022.
Elmar tinha uma espécie de acordo para sucedê-lo à presidência e viu a escolha pelo emedebista como traição. Sem apoio do próprio partido, Elmar acabou se tornando um dos principais articuladores da campanha e vitória de Arthur Lira (PP-AL), e estreitou ainda mais o vínculo com o Centrão e com o Palácio do Planalto, que foi o fiador do nome de Lira.
Na Bahia, o vice-governador e presidente estadual do PP, João Leão já sinalizou intenção de atrair Elmar ao partido. "As portas do PP estão escancaradas".